Mais um fim-de-semana passado. Sinto que fica sempre a faltar alguma coisa. Sinto sempre que deveria ter aproveitado mais. Sinto sempre que deveria ter-te beijado mais... O Sábado à noite é sempre a desgraça total. Tu sabes,amor. Eheh! Não queria sair da tua cama. Não quero sair do conforto do teu calor, do teu abraço, do teu amor...

E saber que já poderiamos casar... O problema é o bilhete de identidade! Eheh! Mas o cartão do cidadão não tem essa informação, penso eu. Seria até giro casarmos sem nínguem saber. Continuarmos a vida na mesma, mas desta vez como esposas! Pensando bem, até é uma situação a ser ponderada. E quando fossemos viver juntas, já estariamos casadas!

Sei que por vezes pareço uma criança a falar. Tenho idéias assim, soantemente irresponsáveis. Mas a verdade é que a saturação de viver em segredo já pesa toneladas. E para aliviar este fardo, tentarei brincar.

A minha opinião é que toda a gente já sabe que eu e a minha fofinha temos uma relação. Não têm a certeza absoluta, mas sabem. Ontem à noite a minha mãe ligou-me às 3h da manhã e não ficou admirada por eu estar na casa do meu amor. Já está habituada. Por isso eu acho que só falta mesmo dar a certeza da minha boca. E são nestes momentos em que me apetece contar tudo. Poxa, o heterossexual tem que contar que é hetero? Porque temos nós que dizer que somos homossexuais? É esta a INDIFERENÇA que eu quero. É apenas isto!