segunda-feira, 18 de agosto de 2008

E como o concerto da Diva está a chegar... E como o nervosismo está a surgir... E como sei que oportunidades de ver Madonna ao vivo não haverá mais nenhuma... Mas também sei que o meu Amor daqui pouco já nem quer ir ver a rainha do Pop porque só oiço Madonna. Sem dúvida que cresci ao som de Madonna. Suas mudanças e transformações e escandalos fizeram parte da minha infancia, adolescência e agora na idade adulta. São daquelas musas em que parece que sempre nos acompanharam ao longo da vida e vice-versa. Sem dúvida que é uma Mulher de armas em todos sentidos. Nunca teve medo de mostrar o que sentia... E usou e usa ainda muito a expressão corporal e musical para se exprimir...

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Penso... Penso entre muitas coisas, na sociedade. Vejo videos no YouTube sobre homossexualidade, homofobia, casamento civil, etc,etc... Se PSD não ficar a liderar o país, pode ser que Portugal consiga dar um passo em frente na civilização. Não sou contra o PSD ou a favor de algum deles, mas sei a sua posição perante a homossexualidade e o casamento civil. E, como já dizia um video: "tenho que votar em quem vota em mim". E essa verdade ninguem me tira! Não sou Socialista nem democrata. Aliás... abomino por completo a politica. Não confio, mas também não temo.
Nesta minha fase da Vida, é normal que queira construir um futuro melhor. É normal que pense numa qualidade de vida diferente.
Sim, confesso que estou mais exigente. Talvez seja pela idade e pelo que aprendi ao longo da vida. Filhos? Sim, queremos filhos. Adoptados ou não, quero ser importante na vida de uma criança. Quero que me chame "mãe", quero acompanhá-la no seu crescimento. Quero acarinhá-la e ir buscá-la à escola. Quero passar momentos a brincar com ela junto ao meu Amor... Será isto assim tão inacreditável? Será que não tenho o mesmo direito? Sou uma Mulher, tenho 30 anos, tenho um emprego estável, sou equilibrada a nível emocional, financeiro. Não tenho cadastro, não tenho dívidas ao fisco, não falto ao trabalho, não me meto em drogas nem em alcool, não sou agressiva e sou bastante paciente e tolerante. Considero-me uma pessoa educada e simpática. Diferenças?? Julgo não ser uma diferença. Aliás... Quem disse que o Amor tem que ser diferente consoante o género? Quem disse, mentiu!

Por isto e por muito mais, pergunto... Qual a diferença?? Porque não posso eu ser igual a ti então? Que diferença notas? Que absurdo de Pessoa sou eu para não ter o mesmo direito que tu...? Pago impostos... Voto... Choro... Sorrio... Sou igual...
Outra coisa... Consigo juntar letras e transformá-las em palavras e consequentemente transformá-las em frases... prosas... poesias... músicas...
Não sou assim tão diferente... Também amo, como tu...

Pai, Mãe... Quando vos contar, por favor... Respeitem-me!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Orgulhosa... Sim, orgulhosa do meu Amor... do nosso Amor! Daquilo que temos e que não morre. Daquilo que sentimos cada vez mais forte. Sou uma orgulhosa de mim por te ter a ti. Feliz pelo que vivemos, pelo que caminhamos ao encontro da proximidade da Felicidade.

Acredito que daqui a pouquíssimo tempo possamos celebrar o nosso casamento como sonhamos. Poderemos finalmente dizer que somos casadas ao reconhecimento da República Portuguesa. Eu acredito... Eu quero acreditar! Tu fazes-me acreditar.. O nosso Amor faz-me acreditar.

Ao lado, coloquei uma música que dá a reconhecer o meu sentimento em relação ao nosso Amor e ao que queremos... Casamento Civil! "True Colors" de Phil Collins.

As cores não serão todas verdadeiras? O mundo não será todo às cores? Meu olhar sinto-o arco-iris quando vou ao encontro dos teus lábios.

Meu Amor... Teremos o que merecemos. Juntas somos fortes! Pouco a pouco vamos conquistando o que sonhamos através, simplesmente, da paciência e da tolerância.

E o Amor...? Esse nunca irá se
apagar!

Homofobia assumida de Manuela Ferreira Leite

Ah pois é... Voltei!!! E voltei para vos deixar uma entrevista que a Manuela Ferreira Leite deu à TVI... Fiquei repugnada!
Ora leiam...
ILGA Portugal2 Julho 2008
Homofobia assumida de Manuela Ferreira Leite
ILGA Portugal quer que restantes partidos clarifiquem se também querem discriminarOntem, numa entrevista à TVI, Manuela Ferreira Leite (MFL) admitiu sem hesitações que discriminava gays e lésbicas, defendendo a manutenção do apartheid legal no acesso ao casamento civil.As declarações da líder do PSD, reproduzidas no Diário de Notícias, incluem:"Eu não sou suficientemente retrógada para ser contra as ligações homossexuais. Aceito. São opções de cada um, é um problema de liberdade individual, sobre a qual não me pronuncio.""Pronuncio-me, sim, sobre o tentar atribuir o mesmo estatuto àquilo que é uma relação de duas pessoas do mesmo sexo igualmente ao estatuto de pessoas de sexo diferente"."Admito que esteja a fazer uma discriminação porque é uma situação que não é igual. A sociedade está organizada e tem determinado tipo de privilégios, tem determinado tipo de regalias e de medidas fiscais no sentido de promover a família", explicando que essas medidas eram "no sentido de que a família tem por objectivo a procriação". A propósito do casamento entre pessoas do mesmo sexo, afirmou: "Chame-lhe o que quiser, não lhe chame é o mesmo nome. Uma coisa é o casamento, outra é outra coisa qualquer".Ficámos assim a saber que:1. Porque não é "suficientemente retrógrada", MFL "não é contra as ligações homossexuais". É um enorme alívio saber que MFL as "aceita", até porque a alternativa seria reinstituir a criminalização da homossexualidade que acabou em 1982. Como pode MFL julgar que ainda é possível sequer pôr isto em questão?2. MFL, que se apresenta como conhecedora de aspectos fiscais, parece ignorar que a Lei de Uniões de Facto de 2001 - que abrange casais de pessoas do mesmo sexo - concede exactamente o mesmo estatuto fiscal a unid@s de facto e a cônjuges, pelo que as famílias constituídas por casais de pessoas do mesmo sexo já usufruem das referidas "medidas fiscais". Ou será MFL contra o que foi instituído em 2001?3. MFL parece julgar que existe uma única família a promover. Esperamos que se aperceba rapidamente de que existem muitas famílias em Portugal, e que se tem como objectivo que o seu partido se apresente como uma alternativa de governo terá que contar com o apoio de muitas delas. Seria também importante compreender que o casamento não implica procriação e que a procriação não implica casamento. Ou será que, na mesma linha de raciocínio, pensa proibir o casamento para heterossexuais infertéis?4. Quanto à ideia de que gays e lésbicas viriam sujar a instituição do casamento, sendo por isso fundamental que "não lhe chame o mesmo nome", sugerimos uma alternativa a MFL. Quando se alargou o casamento a escravos, porque estes viriam sujar o nome do casamento, optou-se por um nome diferente: "contubérnio". Como MFL partilha esta ideia de que, tal como os escravos, lésbicas e gays não são cidadãs e cidadãos de pleno direito, o nome do casamento para escravos será talvez o que melhor se adequa à sua visão do mundo. Poderia assim manter o insulto a gays e lésbicas, como parece pretender - e será um nome mais económico do que "outra coisa qualquer", que parece ser a sua sugestão.5. MFL ignora sobretudo a Constituição da República Portuguesa que proíbe explicitamente a discriminação com base na orientação sexual desde 2004. Aliás, a revisão do artigo 13º (Princípio da Igualdade) fez-se com os votos favoráveis do PSD. Para proteger cidadãs lésbicas e cidadãos gay, e precisamente porque há quem pense que gays e lésbicas são "diferentes", a Constituição proíbe a discriminação. Não é possível manter por isso um apartheid legal como o que MFL defende.A imagem de rigor e de seriedade que MFL tenta fazer passar não se coaduna com a ignorância de todos estes aspectos. A imagem de alternativa política para o país que MFL tenta construir também não se coaduna com a promoção da desigualdade, ao arrepio dos movimentos que atravessam os países mais desenvolvidos, a começar pela vizinha Espanha. É esta a agenda de transformação que MFL tem para o país? Sobretudo, a discriminação e o insulto não são aceitáveis em democracia.As declarações de MFL vêm provar uma vez mais que fracturante não é a reivindicação de igualdade; fracturante é a discriminação - e que é urgente eliminar as fracturas que a própria lei continua a impor.Dado que o PSD não parece querer fazê-lo sob a liderança de MFL, a Associação ILGA Portugal - Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero espera que os restantes partidos clarifiquem se apoiam a discriminação ou, se pelo contrário, querem promover sem reservas a igualdade.Lisboa, 2 de Julho de 2008A Direcção e o Grupo de Intervenção Política da Associação ILGA Portugal - Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Trangénero